Grupos de Robson na prevalência da cesariana

Autores

  • Alfredo de Almeida Cunha Hospital Central do Exército
  • Christiane Gonçalves Escobar Toscano Hospital Central do Exército
  • Amanda Rocha Saraiva Hospital Central do Exército
  • Henrique Erthal Hospital Central do Exército
  • Carlos Henrique Bosch Wiedemer Hospital Central do Exército
  • Isabela de Oliveira Cunha Hospital Central do Exército
  • Mariana Sales Assad Hospital Central do Exército
  • Josiane Oliveira Gomes Hospital Central do Exército
  • Carolina Nunes Campos Hospital Central do Exército

Palavras-chave:

parto obstétrico, classificação, parto normal, cesárea, trabalho de parto induzido, trabalho de parto prematuro

Resumo

A análise da incidência de cesariana classicamente tem sido feita baseada nas indicações. Entretanto, como estas variam de acordo com a população assistida, com os protocolos e com a equipe médica, sua comparação é difícil. Há 18 anos foi proposta uma classificação baseada no perfil das pacientes, tentando responder à pergunta: “Quem é operada?”. Objetivo: Avaliar a associação dessa classificação com as taxas de cesariana. Métodos: População de pacientes assistidas em maternidade de referência para gravidez de alto risco. O desenho foi de estudo transversal, comparando-se os grupos da classificação de Robson com as taxas de cesariana. Foi construída base de dados com o programa Epi Info, versão 7, igualmente utilizado para a análise estatística. Os dados foram extraídos dos prontuários médicos. Resultados: Foram observadas 138 pacientes, cuja prevalência global de cesariana foi de 70/138 (50,72%). A participação dos grupos de Robson na prevalência de cesariana foi assim observada: grupo 1, 32,65%; grupo 2, 55,55%; grupo 3, 45,45%; grupo 4, 33,33%; grupo 5, 76,67%; grupo 6, 100%; grupo 7, 100%; grupo 8, 22,22%; grupo 9, 100%; e grupo 10, 62,51%. Entretanto, a análise final mostrou que a contribuição relativa de cada grupo para a taxa de cesariana foi, respectivamente, 22,9; 7,1; 14,3; 1,4; 32,9; 5,7; 4,3; 2,9; 1,4; e 7,1%. Conclusão: A classificação de Robson mostrou-se útil para avaliar a participação na prevalência de cesariana de acordo com o perfil das pacientes, permitindo uma abordagem de possível intervenção para redução da taxa de cesariana de acordo com o grupo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alfredo de Almeida Cunha, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Christiane Gonçalves Escobar Toscano, Hospital Central do Exército

Serviço de Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Amanda Rocha Saraiva, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Henrique Erthal, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Carlos Henrique Bosch Wiedemer, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Isabela de Oliveira Cunha, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Mariana Sales Assad, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Josiane Oliveira Gomes, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Carolina Nunes Campos, Hospital Central do Exército

Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Central do Exército

Referências

Kelly S, Sprague A, Fell DB, Murphy P, Aelicks N, Guo Y, et al. Examining caesarean section rates in Canada using the Robson classification system. J Obstet Gynaecol Can. 2013;35(3):206-14.

Robson MS. Classification of Caesarean Sections. Fetal Matern Rev. 2001;12(1):23-9.

Betrán AP, Gulmezoglu AM, Robson M, Merialdi M, Souza JP, Wojdyla D, et al. WHO global survey on maternal and perinatal health in Latin America: classifying caesarean sections. Reprod Health. 2009;6:18.

Le Ray C, Blondel B, Prunet C, Khireddine I, Deneux-Tharaux C, Goffinet F. Stabilising the caesarean rate: which target population? BJOG. 2015;122(5):690-9.

Vogel JP, Betrán AP, Gülmezoglu AM. Use of the Robson classification has improved understanding of caesarean section rates in France. BJOG. 2015;122(5):700.

Vogel JP, Betrán AP, Vindevoghel N, Souza JP, Torloni MR, Zhang J, et al. Use of the Robson classification to assess caesarean section trends in 21 countries: a secondary analysis of two WHO multicountry surveys. Lancet Glob Health. 2015;3(5):e260-70.

Nakamura-Pereira M, do Carmo Leal M, Esteves-Pereira AP, Domingues RM, Torres JA, Dias MA, et al. Use of Robson classification to assess cesarean section rate in Brazil: the role of source of payment for childbirth. Reprod Health. 2016;13(Supl. 3):128.

Bjellmo S, Andersen GL, Martinussen MP, Romundstad PR, Hjelle S, Moster D, et al. Is vaginal breech delivery associated with higher risk for perinatal death and cerebral palsy compared with vaginal cephalic birth? Registry-based cohort study in Norway. BMJ Open. 2017;7(4):e014979.

Bin YS, Roberts CL, Nicholl MC, Ford JB. Uptake of external cephalic version for term breech presentation: an Australian population study, 2002-2012. BMC Pregnancy Childbirth. 2017;17(1):244.

Burgos J, Arana I, Garitano I, Rodríguez L, Cobos P, Osuna C, et al. Induction of labor in breech presentation at term: a retrospective cohort study. J Perinat Med. 2017;45(3):299-303.

Fonseca A, Silva R, Rato I, Neves AR, Peixoto C, Ferraz Z, et al. Breech Presentation: Vaginal Versus Cesarean Delivery, Which Intervention Leads to the Best Outcomes? Acta Med Port. 2017;30(6):479-84.

Macharey G, Gissler M, Rahkonen L, Ulander VM, Väisänen-Tommiska M, Nuutila M, et al. Breech presentation at term and associated obstetric risks factors-a nationwide population based cohort study. Arch Gynecol Obstet. 2017;295(4):833-8.

Parissenti TK, Hebisch G, Sell W, Staedele PE, Viereck V, Fehr MK. Risk factors for emergency caesarean section in planned vaginal breech delivery. Arch Gynecol Obstet. 2017;295(1):51-8.

Louwen F, Daviss BA, Johnson KC, Reitter A. Does breech delivery in an upright position instead of on the back improve outcomes and avoid cesareans? Int J Gynaecol Obstet. 2017;136(2):151-61.

Bannister-Tyrrell M, Patterson JA, Ford JB, Morris JM, Nicholl MC, Roberts CL. Variation in hospital caesarean section rates for preterm births. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2015;55(4):350-6.

Danieli-Gruber S, Maayan-Metzger A, Schushan-Eisen I, Strauss T, Leibovitch L. Outcome of preterm infants born to overweight and obese mothersdagger. J Matern Fetal Neonatal Med. 2017;30(4):402-5.

Kuper SG, Sievert RA, Steele R, Biggio JR, Tita AT, Harper LM. Maternal and Neonatal Outcomes in Indicated Preterm Births Based on the Intended Mode of Delivery. Obstet Gynecol. 2017;130(5):1143-51.

Lorthe E, Quere M, Sentilhes L, Delorme P, Kayem G. Incidence and risk factors of caesarean section in preterm breech births: A population-based cohort study. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2017;212:37-43.

Ciriello E, Locatelli A, Incerti M, Ghidini A, Andreani M, Plevani C, et al. Comparative analysis of cesarean delivery rates over a 10-year period in a single Institution using 10-class classification. J Matern Fetal Neonatal Med. 2012;25(12):2717-20.

Amatya A, Paudel R, Poudyal A, Wagle RR, Singh M, Thapa S. Examining stratified cesarean section rates using Robson classification system at Tribhuvan University Teaching Hospital. J Nepal Health Res Counc. 2013;11(25):255-8.

Delbaere I, Cammu H, Martens E, Tency I, Martens G, Temmerman M. Limiting the caesarean section rate in low risk pregnancies is key to lowering the trend of increased abdominal deliveries: an observational study. BMC Pregnancy Childbirth. 2012;12:3.

Paleari L, Gibbons L, Chacón S, Ramil V, Belizán JM. [Rates of caesarean sections tn two types of private hospitals: restriced-access and open-access]. Ginecol Obstet Mex. 2012;80(4):263-9.

Torres JA, Domingues RMSM, Sandall J, Hartz Z, Gama SGN, Theme Filha MM, et al. Cesariana e resultados neonatais em hospitais privados no Brasil: estudo comparativo de dois diferentes modelos de atenção perinatal. Cad Saúde Pública. 2014;30(Supl. 1):S220-31.

Chung WH, Kong CW, To WW. Secular trends in caesarean section rates over 20 years in a regional obstetric unit in Hong Kong. Hong Kong Med J. 2017;23(4):340-8.

Agência Nacional de Saúde Suplementar. Nova organização do cuidado ao parto e nascimento para melhores resultados de saúde Rio de Janeiro: Agência Nacional de Saúde Suplementar; 2016.

Torloni MR. Classificação de Robson. In: Workshop Parto Adequado, Hospital Albert Einstein. São Paulo: Prefeitura de São Paulo; 2016.

Downloads

Publicado

2019-01-13

Como Citar

Cunha, A. de A., Toscano, C. G. E., Saraiva, A. R., Erthal, H., Wiedemer, C. H. B., Cunha, I. de O., Assad, M. S., Gomes, J. O., & Campos, C. N. (2019). Grupos de Robson na prevalência da cesariana. Jornal Brasileiro De Ginecologia, 129(1), 5–10. Recuperado de https://jornaljbg.org.br/jbg/article/view/52

Edição

Seção

Artigos Originais