Perfil epidemiológico e prevalência da ocorrência de lesão intraepitelial de alto grau e carcinoma em mulheres de Vitória da Conquista (BA) em 2022
DOI:
https://doi.org/10.5327/JBG-2965-3711-2024134107Palabras clave:
teste de Papanicolaou, neoplasias do colo do útero, mulheresResumen
Introdução: O câncer do colo uterino é a quarta principal causa de morte por câncer entre mulheres globalmente. Rastreado pelo exame citopatológico, conhecido como Papanicolaou. Objetivo: Avaliar a prevalência de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL) e carcinoma (CA) e analisar os dados epidemiológicos de mulheres de Vitória da Conquista, Bahia, em 2022. Métodos: Estudo transversal descritivo, utilizando as fichas de exame citopatológico das mulheres que tiveram diagnóstico de HSIL ou CA um ano após a pandemia da COVID-19 (2022). Foram utilizados dados do Laboratório Central Municipal (LACEN) coletados em abril e maio de 2023. As variáveis analisadas foram extraídas das fichas do Programa Nacional Viva Mulher. Resultados: Do total de 14.087 mulheres, a prevalência de HSIL e CA foi de 0,66% (93/14.087), sendo 97,85% (91/93) de HSIL e 2,15% (2/93) de CA. A idade média foi de 39 anos, variando de 20 a 69. A maioria (76,34%) afirmou não usar método contraceptivo, ser não branca (47,30%) e ter baixo nível de instrução (21,05%). Cerca de 64,51% apresentou colo sem alterações e 54,83% relatou ter feito o último exame havia menos de três anos. Em 75,26% das fichas, pelo menos uma variável não foi preenchida. Conclusão: A prevalência de HSIL e CA foi de 0,66% no ano estudado. Essas mulheres apresentaram baixas condições socioeconômicas e educacionais, relataram não usar contraceptivos e ter realizado o exame havia menos de três anos. Constatou-se o subpreenchimento de dados cadastrais pelos profissionais de saúde que as acompanhavam.
Descargas
Citas
Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, et al. Global Cancer Statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2021;71(3):209-49. https://doi.org/10.3322/caac.21660
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Parâmetros técnicos para rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA; 2021.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA; 2016.
Rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; 2017.
Bezerra SJS, Gonçalves PC, Franco ES, Pinheiro AKB. Perfil de mulheres portadoras de lesões cervicais por HPV quanto aos fatores de risco para câncer de colo uterino. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2005;17(2):143-8.
Souza ACO, Costa GS, Reis JQ, Goiano PDOL, Calaça MB. Caracterização das alterações citopatológicas e fatores de riscos associados ao desenvolvimento do câncer de colo útero. Uningá Review. 2017;30(1):67-71.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Nota Técnica – DIDEPRE/CONPREV/INCA Rastreamento de câncer durante a pandemia de COVID-19, 09/07/2020 [Internet]. 2020 [acessado em 29 maio 2022]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//nota_tecnica_rastreamento_covid_jul_2020.pdf
Fagundes TP, Albuquerque RM, Miranda DLP, Landeiro LCG, Ayres GSF, Correia CC, et al. Dealing with cancer screening in the COVID-19 era. Rev Assoc Med Bras (1992). 2021;67 Suppl(Suppl 1):86-90. https://doi.org/10.1590/1806-9282.67.Suppl1.20200889
Dal’Negro SH. Impacto da pandemia da COVID-19 no rastreamento e diagnóstico do câncer do colo do útero no Brasil [dissertação]. Toledo: Universidade Federal do Paraná; 2022.
Burger EA, El Jansen E, Killen J, Kok IM, Smith MA, Sy S, et al. Impact of COVID-19-related care disruptions on cervical cancer screening in the United States. J Med Screen. 2021;28(2):213-16. https://doi.org/10.1177/09691413211001097
Cavalcanti GM, Sousa BMB, Pinho TMR, Alcântara AM, Carvalho RVM, Teixeira CMS, et al. Impacto da pandemia de COVID-19 no rastreio do câncer de colo uterino em uma cidade do sul maranhense. Res Soc Dev. 2022;11(4):e240127161. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27161
Silva AE, Vieira RA, Wanderley EB, Silva IA, Peres AL, Oliveira SR. Frequência de lesões intraepiteliais e os principais microrganismos associados aos exames de Papanicolaou. RBAC. 2023;55(1):53. https://doi.org/10.21877/2448-3877.202200076
Greenwood SA, Machado MFAS, Sampaio NMV. Motivos que levam mulheres a não retornarem para receber o resultado de exame Papanicolau. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006;14(4):503-9. https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000400006
Leal CS, Moreira KFG. Busca ativa das mulheres para receber resultado do exame citopatológico em unidade de saúde de Teresina. Teresina: Universidade Federal do Piauí; 2020.
Silva RCG, Silva ACO, Peres AL, Oliveira SR. Profile of women with cervical cancer attended for treatment in oncology center. Rev Bras Saude Mater Infant. 2018;18(4):695-702. https://doi.org/10.1590/1806-93042018000400002
Silva DSM, Silva AMN, Brito LMO, Gomes SRL, Nascimento MDSB, Chein MBC. Rastreamento do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(4):1163-70. https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.00372013
Leite BO, Nunes CRO, Oliveira VV, Barbosa RAA, Souza MS, Teles MAB. The elderly women’s perception of cervical cancer prevention examination. J Res Fundam Care Online. 2019;11(5):1347-52. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2019.v11i5.1347-1352
Bedin R, Gasparin VA, Pitilin EB. Fatores associados às alterações cérvico-uterinas de mulheres atendidas em um município polo do oeste catarinense. J Res Fundam Care Online. 2017;9(1):167-74. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i1.167-174
Uchimura NS, Ribalta JCL, Focchi J, Baracat EC, Uchimura TT. Influência do uso de anticoncepcionais hormonais orais sobre o número de células de Langerhans em mulheres com captura híbrida negativa para papilomavírus humano. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(12):726-30. https://doi.org/10.1590/S0100-72032005001200004
Thuler LCS, Aguiar SS, Bergmann A. Determinantes do diagnóstico em estadio avançado do câncer do colo do útero no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2014;36(6):237-43. https://doi.org/10.1590/S0100-720320140005010
Oliveira MV. Prevenção do câncer de colo uterino em mulheres quilombolas do município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil [tese]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2014.
Silva PLN. Perfil epidemiológico, clínico e laboratorial do exame citopatológico realizado em Espinosa, Minas Gerais, durante o ano de 2014. Revista Sustinere. 2019;6(2):239-4. https://doi.org/10.12957/sustinere.2018.32949
Brasil. Ministério da saúde. Carnaval Seguro. Queda da cobertura vacinal contra o HPV representa risco de aumento de casos de cânceres evitáveis no Brasil [Internet]. 2023 [acessado em 20 out. 2023]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/queda-da-cobertura-vacinal-contra-o-hpv-representa-risco-de-aumento-de-casos-de-canceres-evitaveis-no-brasil
Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. Van da vacina vai imunizar contra HPV crianças e adolescentes de 9 a 14 anos no bairro Miro Cairo [Internet]. 2023 [acessado em 21 out. 2023]. Disponível em: https://www.pmvc.ba.gov.br/van-da-vacina-vai-imunizar-contra-hpv-criancas-e-adolescentes-de-9-a-14-anos-no-bairro-miro-cairo/#:~:text=Sobre%20a%20vacina&text=Em%20Vit%C3%B3ria%20da%20Conquista%2C%20a,de%209%20a%2014%20anos